Um Corpo Que Cai
Um detetive aposentado e atormentado por um intenso medo de alturas recebe a incumbência de vigiar uma mulher cuja aparente instabilidade sugere risco de suicídio. A tarefa exige observação discreta: ele a segue em ruas, cafés e mirantes de São Francisco, registra horários, encontros e padrões, e envia relatórios à agência contratante. O trabalho, inicialmente profissional e metódico, cria um vínculo involuntário entre observador e observada: gestos, rotinas e segredos que se revelam aos poucos. Movimentos sutis, conversas interceptadas e pequenas contradições nas informações reunidas provocam dúvidas sobre a real extensão do perigo e sobre as motivações ocultas que cercam a vigiada. A investigação evolui para uma trajetória marcada por tensão psicológica, na qual lembranças pessoais, limitações físicas e decisões tomadas sob incerteza interferem diretamente na condução da vigilância. Investigações subsequentes desencadeiam eventos que mudam o rumo da vigilância.