Geraldo Vietri

Geraldo Vietri

Geraldo Vietri nasceu na capital paulista, no bairro da Moóca, em 27 de agosto de 1927. Foi diretor, autor de novelas, roteirista, produtor e cineasta. Foi uma dos mais temperamentais e “diferentes” pioneiros da televisão brasileira e da nossa teledramaturgia. Bem magro, era destituído de qualquer vaidade exterior. Sua vaidade estava dentro, no interior, na alma. Amava o que fazia de todo coração, e por isso era um líder paternalista. Seus principais atores eram seus pupilos e seus pupilos eram seus principais atores. Trocava com eles experiências, a própria vida. Quando “bolava” um texto, fazia-o com fé, com ardor. Gastava todo seu dinheiro na sua produção. Vietri era filho de italianos, muito amoroso e ligado à família. Era um perfeccionista, mas seu gênio explosivo o fazia gritar várias vezes e até xingar os atores com os quais trabalhava. Começou no “TV de Comédia”, na TV Tupi, e transformava o espaço onde aconteciam as produções em uma verdadeira casa italiana. Vietri fazia com suas mãos, enfeites para o cenário e adereços para os atores. Ele fazia de tudo e todos o ajudavam. No começo eram adaptações de obras estrangeiras ou nacionais, mas com o tempo, Vietri começou a escrever originais, e aí se encontrou. Sua criatividade e sua emoção não tinham fim. Ele começou a mostrar inquietação quanto ao gênero telenovela. Queria reformular a telenovela, ainda na TV Tupi, e passou a retratar o que conhecia, o que vivia, o que vivenciava. Era o cronista de sua época e de seu povo. Essa renovação aconteceu com as novelas “Os Rebeldes” (1967-68); “Antonio Maria” (1968-69) “Nino, o Italianinho” (1969-70); “A Fábrica” (1971-72); “Vitória Bonelli (1972-73); “Meu Rico Português” (1975); “Os Apóstolos de Judas” (1976); “João Brasileiro, o Bom Baiano” (1978). Todas eram ambientadas em São Paulo e exibidas com sucesso pela TV Tupi. Quando a TV Tupi fechou, em 1980, Vietri passou a escrever para todas as outras emissoras. Primeiro foi para a TV Globo adaptar a obra de Érico Veríssimo, “Olhai os Lírios do Campo“, mas não se deu muito bem com o esquema da emissora e voltou a São Paulo para escrever tele-romances para a TV Cultura, e assim foi com “Floradas na Serra” e “O Homem que Sabia Javanês”. Em 1982, ele estava na TV Bandeirantes, onde escreveu o seriado “Dona Santa“, a novela “Renúncia” e o seriado “Casa de Irene”. Foi em seguida para a TV Manchete, e na emissora emprestou toda a sua experiência nas novelas “Santa Marta Fabril”; em um remake de “Antonio Maria”; em “Na Rede de Intrigas”; em uma nova versão de “Floradas na Serra” e na adaptação da minissérie “O Fantasma da Ópera“. Em 1994, ele se transferiu para a CNT e para a ASJ (Associação Senhor Jesus), onde em parceria com a Igreja Católica, fez várias novelas de cunho religioso: “A Verdadeira História de Papai Noel”; “Irmã Catarina” e “Antonio dos Milagres”. Também investiu em Cinema e produziu e dirigiu os filmes “Senhora”, em 1976 ; “Tiradentes, o Mártir da Independência”, em 1977; “Que Estranha Forma de Amar“, em 1977; “Adultério Por Amor” em 1979 e “Os Imorais” em 1980. Geraldo Vietri sofria com uma úlcera de estômago, e faleceu em 1º de agosto de 1996, na capital paulista, vitimado por uma broncopneumonia, aos 68 anos de idade.

Filmes dirigidos

Os Imorais

Writer

Os Imorais

Editor

Os Imorais

Director

Adultério Por Amor

Writer

Adultério Por Amor

Director

Sexo, Sua Única Arma

Director

Séries dirigidas

João Brasileiro, o Bom Baiano

João Brasileiro, o Bom Baiano

Creator

João Brasileiro, o Bom Baiano

João Brasileiro, o Bom Baiano

Writer

João Brasileiro, o Bom Baiano

João Brasileiro, o Bom Baiano

Director

Os Apóstolos de Judas

Os Apóstolos de Judas

Writer

Os Apóstolos de Judas

Os Apóstolos de Judas

Director

Olhai os Lírios do Campo

Olhai os Lírios do Campo

Writer

Antônio Maria

Antônio Maria

Writer

Antônio Maria

Antônio Maria

Director